domingo, 14 de fevereiro de 2010

M. SHADOWS

Então de repente alguém te indica um cara. Ou uma banda, se a pessoa for um pouco tímida... Leitores deste blog, pessoas desavergonhadas, me indicam homens mesmo, e depois a gente vê o que eles tocam. Foi assim que conheci M. Shadows, “cara gostoso que precisava vir pro meu Caralho”.

Matt, 28 aninhos, noivo de uma moça com quem namora desde a sexta série, e grande apoiador das Forças Armadas e do exército norte-americano, é vocalista do Avenged Sevenfold, banda de metal e hard rock americana, surgida em 99. O cara diz adorar “literatura bíblica” e tem como um de seus livros preferidos A Divina Comédia.

Foda é definir o som da banda. Segundo consta, já foram metalcore, mas abandonaram o estilo depois de um probleminha com as cordas vocais do Matt, embora esse incidente seja tido apenas como uma coincidência. Então há quem fale em Hard Rock, parece que já insinuaram um progressivo, mas fiquemos apenas com o tradicional Heavy Metal, no máximo um “Alternativo”, que é sempre o eufemismo pra “coisa nenhuma”. Fato é que sua voz me lembra muito a do Mike Patton, e tem umas músicas bem... pops, parece até outra banda tocando. No entanto, curti no geral, tem peso, rapidez, energia.

Dizem ter influência de bandas como AC/DC e Pantera, e uma de suas canções, Betrayed, do álbum City of Evil, é sobre a morte de Dimebag Darrell. O Avenged Sevenfold tem até o momento uns cinco álbuns, incluindo uma coletânea de lados B e covers (Diamonds in the rough, de 2008). Preparam um novo desde o ano passado, projeto que talvez tenha sido adiado após a morte do baterista The Rev, em dezembro último.

Bom, no mais, é claro que um primeiro contato nem sempre permite perceber certos traços dos integrantes de uma banda, seus valores, suas opiniões, e eu não me atentei a nada por enquanto, mas o papo da simpatia pelo exército e pela bíblia (o próprio nome da banda é inspirado no Gênesis) me deixou um pouco cabreiro. Bobagem, talvez. O que interessa, como dizem os panos quentes, é o som que a banda faz, ou ainda, para nós, mais safadinhos, o estrago que esse torso tatuado pode causar. Né, não?


[Segunda postagem sobre M. Shadows, aqui.]

Some rights reserved