segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DER GRAF

Então alguém te indica uma banda. Você confere e curte o vocalista, ou melhor, você curte o único cara que aparece no vídeo pesquisado, o cara que por acaso canta.

Daí você nota que o som é muito semelhante ao de uma outra banda, talvez não por acaso do mesmo país, a Alemanha, e pensa que aquele pode ser um tipo de rock bem popular por lá, que se adapta bem ao idioma e ainda dá aquela cara de movimento cultural. Procura ler a respeito, e ao invés do fajuto Tanzmetall (Dance Metal), você encontra o pomposo Neue Deutsche Härte, ou New German Hardness, ou, quem sabe, Nova Dureza Alemã, ou “novo peso alemão”, ou sei lá, enfim, você já entendeu. Entendeu que é o tal Metal Industrial.

Mas Unheilig, a tal banda, cujo nome se traduz por “profano”, não é tão semelhante àquela que o seu som lembra. Você percebe uma melancolia maior, uma proposta menos sexual, mais nobre, tem assim uma tristeza, uma gotiquice. Parece tudo mais sentimental. Não fosse a predominância da língua alemã, você teria certeza.

Render-se ao inglês não é nunca necessário, você pensa, mas custa disponibilizar informaçõezinhas em inglês? – você conclui. Tudo oficial da banda está em alemão, e você lá, sem toda a disposição do mundo, procurando qualquer coisa que acrescente num texto que você gostaria de escrever sobre a banda. Você gostaria de apresentá-la aos outros, que não falam alemão, nem inglês. Mas tá certo, você compreende, o sistema é o sistema, a cultura é a cultura, fiquemos com a língua nativa.


Porém você sabe, você descobre, Unheilig se formou em 1999, tem 7 álbuns de estúdio, 4 ao vivo, 3 dvds e algumas outras coisas. O primeiro álbum é Phosphor, de 2000, e o mais recente até agora, Grosse Freiheit, de 2010. O mais famoso é Zelluloid (2004), ou ao menos o responsável pela ascensão da banda. Você também descobre que, antes um trio, a banda finalmente aderiu à bateria real, agora esses tempos, depois de 10 anos de estrada. Potti, o baterista, entrou para a Unheilig em 2009.


Uma coisa só te deixa encafifado. Duas. Três. Uma é boa: o cara é lindo, se veste muito bem, preza pela elegância e pela aparência de homem que domina pela inteligência e pelo charme. Sem falar na sua barba original. A segunda é que seu nome, Der Graf (O Conde), é um apelido, e você não encontra tantas pistas mais sobre ele. Com muito trabalho e sorte, descobri um nome: Bernd Heinrich. E talvez um ano: 1975. No mais, preguicinha... Terceira é falta de fotos. O site oficial é uma bosta. Tão preocupado com a já tão ultrapassada exclusividade de exibição, que só disponibiliza umas pequenininhas, em flash, coisa pobre. E Der Graf sempre tão vestido... Ô moço, faz isso não. Copia um pouquinho só o Rammstein, vai.

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