domingo, 27 de janeiro de 2008

PETER STEELE

Esta postagem tem conteúdo adulto, desaconselhável a menores e moças de família. Caia fora!
(Adults only, please, motherfucker)

Steele é vocalista da sombria e vampírica Type O’Negative, banda muitas vezes rotulada como “doom metal”, uma das muitas ramificações da música dark. E apesar de sua morte ter sido anunciada, com direito à lápide inclusive, em 2005, continua vivinho, fazendo filme e tudo.

O primeiro álbum do Type O’Negative foi lançado em 91, Slow, Deep and Hard, e trazia forte influência da antiga banda de Peter, a Carnivore. Desde então, a banda consegue relativa popularidade e se mantém na ativa até hoje. O mais recente lançamento é de 2007, Dead Again.

Além das costumeiras lamentações e blasfêmias, típicas do dark/gótico, a carreira do TON se destaca por algumas excentricidades, como o já lendário ensaio de Peter para a revista de nu masculino, PlayGirl – revista que tenta se direcionar para o público feminino, mas que sabe que, na prática, seu leitor é gay, bem gay. E não só os leitores, vários de seus modelos também. Talvez por isso Peter tenha querido colocar uma mulher ao seu lado em algumas fotos, coisas de auto-afirmação. Mal sabe ele que os gays adoram um hétero e já é clichê no mundo pornô que atores digam que gostam mesmo é de mulher, que dar a bunda “é só trabalho”. Fantasias do tipo “Gay first time” e “Gay for pay” fazem muito sucesso também. Resultado de alguma “autoaversão” do homem gay pós-moderno cujas razões não cabe tentar entender agora.

Curioso ainda é que o cara insiste em abordar a homossexualidade na sua obra. Sempre de maneira grosseira e machista, é claro, mas tão presente que levanta suspeitas. Primeiro mostra o cu na capa de um disco, The Origin of The Feces, depois canta coisas como “My Girlfriend’s girlfriend”, em que diz ter à sua disposição não só a namorada, mas a namorada dela, e “I like goils”, em que dá um fora num cara, dizendo coisas pra lá de escrotas. Ah, eu não poderia me esquecer da surpreendente regravação de “Angry inch”, do musical Hedwig and The Angry Inch, sobre uma mal sucedida operação de troca de sexo. Uma versão bem boa, aliás.

Muitos, ao lerem suas letras, podem falar em homofobia. Eu não duvido disso, mas a insistência no assunto me chama muito mais a atenção. E o cara já mostrou o cu, já mostrou o pau, já é carne para quem curte. Não precisa de mais nada. Pode ser das trevas, pode ser do rock, pode fazer cara feia... É bofe, saca?

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