sábado, 19 de dezembro de 2009

TRENT REZNOR

Ele já foi considerado uma das 25 pessoas mais influentes da música, esteve entre os 100 melhores artistas de sempre, na opinião de Sir David Bowie, e já ganhou uns Grammy de “melhor performance de metal”, mesmo não sendo tão metal, além de fazer uns por fora, produzindo álbuns e canções de todo tipo de artista: Tori Amos, Jane’s Addiction, Busta Rhymes e, claro, seu colega mais famoso no “metal industrial”, Marilyn Manson. Ele é Trent Reznor, um dos maiores símbolos sexuais do “povinho dark”, e líder da banda da qual, na verdade, é o único membro: Nine Inch Nails.

O NIИ surgiu em 89, com o Pretty Hate Machine, portanto consideremos a banda como noventista, e seu estilo de “metal industrial” como característica dessa década, na qual ganhou mais notoriedade, pra quem achar que o grunge foi o único sopro importante do rock nesses anos. Afinal, o Nu Metal a gente desconsidera. O último álbum é de 2008, The Slip, lançado pela Internet, numa época em que a banda experimentava sobreviver sem as gravadoras. Trent comunicou o fim do NIИ no início deste 2009, 20 anos depois do início, anunciando “a hora de desaparecer por um tempo”.

Na sua mistura de rock e metal com música eletrônica, Trent Reznor não só ajudou a popularizar o estilo como também o tornou respeitado, mesmo dentro da quase hostil cena metaleira, e nomes como Pantera e Megadeth até quiseram ser remixados. No entanto, não sei se apenas uma impressão, mas a música do Nine Inch Nails muitas vezes me pareceu sobrepor a eletrônica ao rock, o que tornava o som mais “fraquinho”, se adjetivado como rock e comparado ao de outras bandas semelhantes.

Ainda assim, é um som impactante, e não só. O visual ao mesmo tempo moderno e retrô, dialogando com o pós-punk, o metal trevoso e – por que não? – o glam, mas de forma a sabermos que, sim, aquilo era anos 90. Inclusive a temática, os comuns sentimentos suicidas, destrutivos, sexualmente doentes, as blasfêmias todas, mas tudo com um suspiro mais despojado. Válida também a coragem que o grupo teve de lançar coisas como Happiness in Slavery, mundialmente banido, do álbum Broken, de 92, que continha ainda mais coisinhas “estranhas”, como Pinion. E é do NIИ uma das canções mais sensuais do rock, Closer, e sua célebre frase “I Wanna fuck you like an animal”. Quem, vendo aquela boca gostosa pronunciando isso, não abriria as pernas pro Trent?

E como abriríamos. Além de a cena do metal industrial ser um tantinho assim ambígua sexualmente, cortejando com mais conforto a diversidade, Trent nos últimos tempos, livre das drogas, nos surgiu com um visual sensualmente mais apelativo. De cabelos curtos e corpo musculoso, o cara conseguiu ficar ainda mais gostoso. Pena que seja tão difícil vê-lo sem roupa. O máximo que consegui foi um videozinho embassado e breve dele sem camisa. Mas diz aí: don’t you really wanna be fucked like an animal?

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