sexta-feira, 28 de maio de 2010

EVAN SEINFELD

Os EUA saem na frente em muitos aspectos, um deles é a safadeza. Os músicos, principalmente os homens, roqueiros e rappers, não têm tanto pudor de aparecer em situações que muitos chamariam de vexatórias, absurdinhas e suicidas por algum ponto de vista profissional. Não são todos, tampouco a maioria, talvez nem a metade, mas não são raros os caras a se exporem sexualmente. Tommy Lee fez história, Peter Steele e Warren Cuccurullo também, não são difíceis registros do pau de Mike Patton, Phil Anselmo ou mesmo do recente Peter Wentz. E Fred Durst tem lá seus filmes. Assim como Evan Seinfeld, vocalista e baixista do Biohazard, hoje também um ator pornô nada amador.

Sua carreira nesse universo que mamãe-não-pediu-a-Deus começou por causa da ex-mulher, também atriz, com a qual contracenava. Separaram-se, e ele continuou no ramo – aliás, separaram-se justamente porque ela queria parar, e ele não. Seus filmes exploram o que podem do fato de o cara ser um roqueiro, que come as “bitches” do jeito que só um roqueiro comeria.

Joga-se aí com todos os clichês da agressão à mulher, típica de filmes hétero. Estrangulamentos, puxadas de cabelo, tapas, socadas por todos os ângulos, sempre sem camisinha (o termo bareback existe para os hts?) e muita, mas muita porra na cara e na boca. Sob o pseudônimo Spyder Jonez, Evan goza pra caralho! Ô delícia.

Cá entre nós, ele não é bonito. Sua nudez por vezes é até... engraçada? Constrangedora? Bizarra? E existem paus melhores. O que vai a favor de Evan é só o fato de ele ser um roqueiro, da mídia, não ser nada careta e, quem sabe, fazer parte do seleto grupo da, vamos dizer, beleza alternativa. Quando atuou em OZ, aquela série fodassa de bandidos se pegando, ele parecia mais simpático. E já ali mostrava o pinto.

Pena que seja tão difícil encontrar fotos do moço solo. Mesmo com um site inteiro dedicado a sua persona lasciva, o Rock Porn Star, não havia umazinha dele separado das rachas. Por que será que a indústria hétero tem tanta ojeriza aos homens? Raríssimos eram devidamente explorados, como o deus number one Rocco Siffredi, talvez mais pela vaidade do que por fins mercadológicos. Mas Evan não é vaidoso? Afe!

O som do Biohazard, pra não dizer que não falei da música, não é ruim, não, embora nunca tenha parado muito pra ouvir. Tem metal, hardcore e... hiphop. Sim, eles são desses. Não chega a ser ruim, mas toda essa mistura dá um apelo pop, o que faz da banda nem tão raivosa assim. Eles já foram considerados racistas e nazistas, mesmo Evan sendo judeu. Uma época, porém, que já passou. A banda já acabou, voltou, ficou um bom tempo em turnê comemorando 20 anos de existência, e parece que estava pra lançar um álbum dedicado ao Peter Steele, morto esses tempos. Alguém sabe de algo? Bom, deixo pra contar quando for escrever sobre Billy Graziadei, o guitarrista ;)

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