domingo, 25 de janeiro de 2015

LUCAS NADAL

Ele é de Santos, tem 26 anos e cultiva uma barba de causar inveja (e não só). Fã de disparidades como Kiss, PJ Harvey e Silverchair, já teve uma banda de hard rock, mas hoje se envereda pela cena alternativa, mesmo que suas "raízes" ainda sejam possíveis de ser identificadas no som do seu primeiro álbum solo, Train Wreck, disponível para download gratuito na sua página oficial. Prepara um segundo álbum, mais maduro, no qual sua personalidade e talento – como cantor, instrumentista e compositor – estarão bem mais perceptíveis. "Flesh and Blood" está previsto para fevereiro de 2015.

Lucas Nadal é nosso caralhíssimo da vez, neste aniversário de São Paulo, lugar que sempre esconde um artista a ser desvendado. O paulista nos chega num bate-papo para gozar bem este verão e nos lembrar que o rock ainda pode guardar boas surpresas – para os olhos e para os ouvidos.

CDOROCK - Por que abandonar o hard rock?

LUCAS NADAL - Eu comecei a escutar e me identificar com coisas diferentes e senti uma certa necessidade de mudar. Mas não foi um abandono do estilo. Ainda tem muita influência de Hard Rock na maioria das minhas músicas.

CDOROCK - Quais diferenças percebe no público de sua antiga banda e no seu atual?

LUCAS NADAL - Acho que a principal diferença é que o público da Spit era composto, na sua grande maioria, por amigos e conhecidos da banda. O público era bem concentrado na Baixada Santista. Com o meu projeto atual, consegui expandir esse público e mostrar meu trabalho para pessoas do Brasil todo (e algumas outras partes do mundo, graças à internet).

CDOROCK - Muito se fala sobre o rock ser machista, misógino e homofóbico. Percebe diferenças desse tipo entre o público do hard rock e do alternativo?

LUCAS NADAL - Sim. É sempre complicado você pegar um público ou estilo e generalizar assim, mas, no geral, existe bastante diferença. O público alternativo é bem mais liberal e aberto com essas questões.

CDOROCK - Você é um grande fã da banda Kiss. Recentemente, Gene Simons opinou que o download gratuito de mp3 estaria matando o rock'n'roll. Concorda com ele?

LUCAS NADAL - Não acho que esteja matando o Rock 'n' Roll, mas isso mudou e está mudando muita coisa na indústria da música. Acredito que seja difícil para esses gigantes do Rock aceitarem esse tipo de mudança, mas é algo que todo mundo que trabalha com música vai ter que aprender a lidar uma hora ou outra, porque é bem improvável que esse cenário retroceda ao que foi na época de glória do KISS, por exemplo.

CDOROCK - O rock ainda é transgressor ou perdeu espaço para outros estilos?

LUCAS NADAL - Essa questão é bem difícil de responder, mas eu diria que não. De um lado tem o rock tradicional, pesado e sujo, que continua a fazer a mesma coisa e a se copiar eternamente. Não que seja errado ou ruim, existem bandas novas ótimas que fazem isso, mas não dá pra chamar de transgressor. E do outro lado tem um monte de banda de rock nova fazendo um som atual, mas é tudo tão limpinho, falando de passarinho e pôr do sol. É tudo tão bunda-mole que eu também não vejo como algo transgressor.

CDOROCK - Você parece assumir um visual um tanto “vintage”. Tem a ver com alguma preferência cultural sua ou é meramente uma questão estética?

LUCAS NADAL - É só questão de gosto mesmo. São as roupas que eu uso praticamente todos os dias, com um ou outro detalhe a mais pro palco e fotos.

CDOROCK - Sobre o que são as suas canções?

LUCAS NADAL - A grande maioria é sobre minha relação com outras pessoas e certas situações. Eu sou bem travado na hora de falar e me expor pros outros e é nas letras das músicas que eu consigo verbalizar certas coisas e me aliviar um pouco.

CDOROCK - Você está para lançar o segundo álbum. Que podemos esperar dele?

LUCAS NADAL - Um Train Wreck mais trabalhado e versátil. Eu aprendi muita coisa desde a gravação do primeiro disco e foi muito bom poder aplicar tudo isso agora nesse próximo álbum. Está bem mais maduro e consistente.

CDOROCK - Nosso blog trata dos homens símbolos sexuais do rock. Como você percebe a exploração da sensualidade no rock, especialmente por parte dos homens?

LUCAS NADAL - É bem diversificada essa questão de sensualidade dos homens no rock. Tem gente que acha o Robert Plant e o Paul Stanley sensuais, e eles têm uma postura bem feminina no palco. Outros gostam do Zakk Wylde ou o Phil Anselmo, que têm uma atitude mais de machão, caminhoneiro. Eu acho que não tem um regra ou fórmula pra explorar a sensualidade dos homens nesse meio. É mais uma questão de identificação com o seu ídolo, dessa energia, vontade e criatividade que esses caras transmitem, isso tudo acaba influenciando, além do visual e postura.

CDOROCK - Você também gosta de explorar sua sensualidade perante a plateia e como lida com paqueras do público?

LUCAS NADAL - Outro dia me falaram que eu sou sexual no palco e eu fiquei bastante surpreso, porque eu definitivamente não me vejo assim, nem procuro agir desse jeito. Eu tento ser o mais simpático e atencioso possível com todo mundo, mas algumas pessoas confundem as coisas.

CDOROCK - Quem são seus símbolos sexuais do rock?

LUCAS NADAL - James Hetfield até o “…And Justice For All” e o Daniel Johns depois do “Young Modern”.

CDOROCK - Pra fechar: Faça amor, não faça a barba?

LUCAS NADAL - Amor pode fazer sempre, a barba acho que depende da pessoa. Mentira, não façam a barba, quase todo mundo fica mais bonitão com ela!

Fotos: Derek Fernandes, acervo pessoal e divulgação.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

HARRY JUDD

Quando um moço insiste em tirar a roupa, é preciso prestar atenção.

Ainda que não tenha lá um perfil que combine exatamente com este espaço, ainda que sua música não possa exatamente ser chamada de rock, não se pode recusar alguém que amadurece de maneira tão inebriante e provocativa. Um ídolo adolescente que cresce não apenas como músico, mas como homem. E, cada vez mais, sem roupa.

Confesso: não entendo e não conheço muito da música juvenil da última década, simplesmente não presto atenção em bandas cujo público parece se restringir a garotas histéricas dos seus 11 ou 12 anos. Mas não consigo, puto que sou, não sucumbir a qualquer integrante de banda que tenha seu corpo insistentemente exposto em revistas, sobretudo as gays.

Assim que comecei a prestar mais atenção em Harry Judd. Vira e mexe ele aparece como capa e recheio da revista inglesa Attitude, direcionada ao público gay, além de nos brindar com seu ótimo instagram e muita formosura em videoclipes.

Harry Judd, baterista britânico, ganhou mais notoriedade ao participar de uma espécie de “dança dos famosos” e a McFly, sua principal banda, tem conquistado cada vez mais popularidade. Formada em 2003, a McFly tem um som açucarado, fofo e bastante feliz. Não chega a incomodar aqueles com mais amor no coração e comumente, agora uma década depois de seu surgimento, é citada como influência para bandas similares com um sucesso aparentemente maior, sobretudo no mercado norte-americano, como a One Direction. O álbum de estreia já foi número 1 de vendas do Reino Unido e a banda foi considerada a mais jovem a ter um álbum de estreia nessa posição, desbancando os Beatles.

Ano passado, integrantes da McFly se uniram a integrantes da banda Busted e formaram o que chamam de um “super grupo”, o McBusted. Excursionaram por 2014 e em dezembro último lançaram um álbum, homônimo, deixando dúvidas se será este o novo caminho de Harry e sua turma.

Baterista, compositor, ator, esportista, peludinho e aparecido, Harry é um príncipe inglês. Com tantas selfies e ensaios fotográficos, não importa seu estilo de música ou se é casado (com mulher), ou em que banda toca. O que importa... Bem, o que importa é o seu “talento”, não é mesmo? Vida longa, Harry, saúde e muito sucesso. Esteja sempre por aí, ok? Love you :*

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